terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A arte do encontro XX

Inevitavelmente acabou sabendo, sim, ela estava namorando. Que rápida! Perguntava-se se era algo de quando ainda estavam juntos. Se ela se havia ido com desculpas idiotas, fazendo-o sentir-se culpado. Sentiu-se mal, a cabeça dava voltas, o estômago estava estranho, às vezes, vinham-lhe ânsias de vômito. Por fim, gritou: basta!
Iria esquecê-la, precisava esquecê-la. E guardou os livros de literatura no armário.
Não há melhor remédio que o tempo com músicas e risos enquanto ele passa. Assim foi. O tempo fez com que ele percebesse que sim, havia vida além do primeiro amor, e ela tinha gosto de alfajor de doce de leite. Aprendeu a ser só por um tempo e a sentir-se livre com a solidão.
Um ano, um ano foi o tempo para esquecer. Esquecer de estar sempre ocupado, ocupado perdendo-se em pensamentos, girando, voltando ao mesmo ponto. Haverá prazo de validade para a paixão? O dele havia expirado, definitivamente. Era quase maior de idade, tinha dezessete e só queria uma coisa, não querer.

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