quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A arte do encontro XVII


Desde então foram muitos encontros, para um chá, um cinema, uma apresentação de algum artista em alguma praça, não importava, qualquer motivo servia para estarem juntos.
As férias de inverno iam-se acabando. Como o tempo passava rápido ao lado dela. Que delícia ficar ali sentado em algum lugar, a cabeça dela repousada em seu colo, ele a mexer-lhe os cabelos, observar seus traços, fitar-lhe outra e outra vez os olhos como para não esquecê-los jamais. Estavam namorando? Era oficial? Ainda não tinham falado sobre isso, colocado os pingos nos is. Mas os amigos, que nunca foram tantos assim, reclamavam por sua ausência e por ele agora ter sua atenção toda voltada para ela.  Ele dava-lhes desculpas, ia adiando o desencontro com ela.
Em casa, já haviam percebido que o comportamento dele mudara muito e que vez ou outra uma linda garota vinha procura-lo à porta e que aquela mesma voz às vezes perguntava por ele ao telefone.  A mãe, sempre curiosa, já havia tentado, em vão, descobrir quem era a tal garota. Ele desconversava, respondia superficialmente: una amiga. E fingia uma pressa inexistente para ausentar-se. Não gostava daquela intromissão, escapava como podia para não ter de dizer a mãe simplesmente: !No te metas! Son mis cosas. Embora um dia fosse lhe dizer...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Das cartas que eu não mando

Te extraño mucho hoy, como hace mucho no me pasaba. Extraño escuchar tu voz y ver tus palabras tantas veces mal escritas.Extraño tu no saber conjugar el pasado y extraño tus confusiones en el presente. Ya no me acuerdo de tu olor, aunque lo adoro. Aquel olor que sale de tu cuello cuando te abrazo. No me acuerdo de la última vez que te abracé, que te senti, que me quisiste. Traigo vivas en la memoria tu risa, tu cara, tu voz. Pero tu último abrazo se perdió en algún lado. Y me hace tanta falta ese abrazo. Tu ultimo beso lo traigo guardado, en la Calle Uruguay, con mi rostro entre tus manos, me besaste; un beso dulce que me queria decir: quédate! Pero me fui... Para siempre? Lágrimas de añoranza se me quieren venir, resvalar por mi cara. Las asusto: !Volvé! que ya no es tiempo...
Ay, el olor de tu cuello... ¿Cómo era el perfume que salía de ti?
23/09/2012