domingo, 4 de dezembro de 2011

A arte do encontro IV

ELA
Ela sonhava com um amor, um amor de verdade. Alguém para quem ela pudesse dizer "Eu te amo", que cuidasse dela e para quem ela pudesse ser ela mesma, com todos os seus defeitos e com todas as suas virtudes. Sempre quisera um amor, desde a infância via a mágica gerada pelo amor presente nos contos de fada. Eram tantas as estórias, cheias de beleza e sempre com um garantido "Felizes para sempre", sobre o qual ela sempre indagava: quanto é sempre? Ao fim, não importava. O foco do beijo, do príncipe, da felicidade e do amor lhe roubavam a atenção. Como desejava ser encontrada, resgatada, cuidada e amada pelo seu grande amor.
Um dia, finalmente leu uma estória triste "A pequena sereia". Pareceu-lhe a mais linda de todas. De todos os amores lidos nos livros, nenhum era como aquele. Era uma estória de entrega em que era necessário dar tudo por um talvez e dessa vez o sacrifício não era do príncipe, era da princesa. Uma princesa que depois de muito sofrer e de tanto doar-se, transformou-se em espuma, simplesmente. Lindo... Pena a nossa heroína ter depois descoberto que nem sempre o que é lindo na literatura, o é na vida real.

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