Cansaço...
Terça ainda?
Fazer o que, não sou de aço.
não dorme-se aqui.
espreita-me uma águia
em que lhe cravo as unhas
e que me crava os dentes.
dá pra parar de pensar bobagem!
Que fazer, a águia levou-me
deixou-me prisioneira
quedo-me aqui com a iminente sensação de ser devorada.
à noite, a águia acaba voltando...
sinto a sua inquietação à distância
seu rosto, suas mãos, tudo o denuncia
alguém ronda a sua presa
nem vê que ele não tem boca e olhos que falam por si
e um jeitinho de enfeitiçar tão presente em ti
vem águia, devora-me
a natureza te fez águia e me fez presa
e o destino me fez reluzir em teus olhos.
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