ELE
Fisicamente, sempre se parecera muito com a mãe. A natureza lhe brindou com a beleza que só um mestiço possui. Uma mistura de sangues latinos entre América e Europa que resultou em algo quase hipnotizante para as mulheres. O nariz perfeito, a altura acima da média, o corpo esbelto, os músculos bem trabalhados, a boca grande e a voz forte e grave davam a ele um ar de virilidade e o faziam exalar testosterona. Um imã aos olhos femininos, uma armadilha aos corações fragilizados. E ele sabia, sabia a sensação que causava no sexo oposto e jogava com o seu poder. Satisfazia-o saber que era alvo de olhares, de desejos... Era meio narcisista, embora nunca o houvesse confessado, nem mesmo para si. Perdia-se a mirar-se no espelho ao sair do banho, ao fazer a barba. Nunca deixava pelos no rosto. A pele sempre lisa, bem cuidada e a boca a saltar-lhe no rosto, quase uma ofensa de tão sexy. Mas faltava-lhe algo, sempre faltava-lhe algo...
"Lenguajes" é uma proposta de interação através de poemas, canções e discussões, sejam estes em português, em espanhol ou da forma que convier à velha(não tão velha assim)cachola. Com bom humor ou não, e vez em quando com uma lágrima doce...
domingo, 5 de fevereiro de 2012
A arte do encontro IX
Ela (continuação)
Com o tempo vieram novas literaturas, os contos de fada adormeceram em algum lugar e ela já não se podia reconhecer. Mirava-se no espelho buscando respostas às suas perguntas que eram tantas que já nem podia enumerá-las, e, vez ou outra, voltava ao mesmo ponto: e o amor, por onde andará o tal do amor...
Com o tempo vieram novas literaturas, os contos de fada adormeceram em algum lugar e ela já não se podia reconhecer. Mirava-se no espelho buscando respostas às suas perguntas que eram tantas que já nem podia enumerá-las, e, vez ou outra, voltava ao mesmo ponto: e o amor, por onde andará o tal do amor...
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